A gente só sonha com o que a gente conhece. Por isso, há mais de 20 anos a Associação Vaga Lume vem fomentando novos horizontes para a população da região da Amazônia Legal e já implantou mais de 95 bibliotecas, formou mais de cinco mil mediadores de leitura e doou quase 180 mil livros. Com essas iniciativas, já impactou mais de 110 mil crianças e jovens de comunidades rurais ribeirinhas, quilombolas e indígenas.

A sustentabilidade do projeto se baseia no desejo de transformação social materializado pela vontade da comunidade em ter uma biblioteca. A organização é responsável por implantá-la e oferecer ferramentas para que os moradores possam extrair todo o seu potencial. Entretanto, a recorrência e expansão das iniciativas dependem do investimento de empresas privadas via Lei de Incentivo à Cultura, que subsidiam 60% dos custos.

O Google é uma dessas empresas e, em 2023, investiu R$ 1.209.000,00, o equivalente a 14% do projeto, para contribuir com uma educação de qualidade e redução das desigualdades - dois Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Por meio desse incentivo, será possível viabilizar seis novas bibliotecas, a formação de 400 mediadores e dar asas à imaginação de mais de 14 mil crianças e jovens da região Amazônica. Com o tempo, esses espaços se tornam uma espécie de centro cultural, contribuindo ainda mais para a integração da comunidade.

Muitas comunidades participantes contam com escolas multisseriadas e não tinham um único livro infantil, até então. Era o caso da comunidade do André, na Ilha do Marajó (Pará), em que o acesso aos livros era muito difícil. A chegada da Vaga Lume mudou esse cenário e, aos 10 anos, ele teve o seu primeiro contato com uma biblioteca. Logo se tornou mediador e atualmente trabalha na Associação.

“Os livros proporcionam asas, ao apresentar outras culturas, e raízes, ao mostrar a nossa origem. Ter acesso a eles e pessoas mediando a leitura traz novas perspectivas, porém, a perenidade das ações é fundamental para o impacto delas. Contar com o apoio do Google nos permite ampliar a nossa atuação e viabilizar novos futuros a muitas crianças e jovens”, comenta Lia Jamra Tsukumo, diretora executiva da Associação Vaga Lume.